“Lapidar” é uma palavra que adoro pelo seu significado, mas tem um certo ódio pela sua prática.
Esse é um texto para falar sobre lapidar um trabalho bruto.
Lapidar, Lapidar e Lapidar
Podemos substituir esse subtítulo por várias coisas:
Treinar, treinar e treinar;
Revisar, revisar e revisar;
Editar, editar e editar;
Cada uma dessas coisas, são ações que poderiam estar associadas diretamente a arte de lapidar algo. Afinal, quando você treina repetidas vezes, está lapidando sua habilidade. Quando você revisa por repetidas vezes, está lapidando suas palavras. Quando você edita por repetidas vezes, está lapidando suas imagens.
Como falei, lapidar pode ser substituído por essas coisas.
Inclusive, do ponto prático é a mesma coisa:
Alguém que está lapidando uma pedra, está “cortando” ela por repetidas vezes até finalmente conseguir chegar no resultado desejado. Um resultado bonito. Um resultado que agrada alguém.
E, bem, basicamente é a mesma coisa para as outras três ações, não?
O quão chato é lapidar?
Esse texto nasceu porque em outra guia do meu navegador, tenho o nome “(V2 2049, O Ano Em Que Tudo Mudou)”. Talvez você não saiba, mas esse é outro livro que escrevi e agora preciso revisar.
O rascunho bruto dele tem cerca de 50 mil palavras.
Comparativamente, isso dá um mais de 200 páginas de um livro que você tem no estante da sua sala.
Parece uma pequena besteira, mas lapidar (revisar) um livro é uma das coisas mais “chatas” que existem no mundo. Lembre-se, são cerca de 200 páginas que você precisa ler por repetidas vezes.
O último livro que publiquei é um exemplo perfeito disso:
De 2020 – ano que terminei o primeiro rascunho – até o início de 2023, tudo que eu fiz nele foi revisar, revisar e revisar. Sério, já devo ter lido aquele livro mais vezes do que a quantidade de vezes que assisti meu filme favorito.
Ou seja, pelo menos umas 12x.
Mas, fazer o quê?
Ninguém usaria um pedaço de pedra no pescoço.
Um pedaço de pedra bruto, é horroroso.
Acabei de pesquisar isso na internet.
Acredite ou não, mas isso ai, é um diamante bruto. Ninguém olharia para isso e diria que é um diamante. Afinal, não foi lapidado. É só um pedaço de pedra feio. E provavelmente até te cortaria.
Esse é o ponto sobre lapidar algo bruto.
Você não faz isso porque é maravilhoso. Na verdade, é quase como uma tortura lapidar repetidas vezes até chegar em um ponto em que a coisa começa a brilhar e chamar a atenção de todos.
E por isso que adoro e odeio essa palavra
O fato é que se você quer algo bem feito, terá de trabalhar naquilo.
Adoro a palavra “lapidar” porque ela representa uma das coisas mais fundamentais da obsessão e maestria: a habilidade de, por repetidas vezes, trabalhar em algo.
E odeio pelo exato mesmo motivo:
Você precisa fazer a coisa repetidas vezes até finalmente está apresentável para você mesmo e para os outros seres humanos no planeta.
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Obrigado por ler.
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