A verdade simples é que você precisa desistir de fazer as coisas bem para se tornar bom.
Há uma clara dicotomia entre qualidade e quantidade.
De um lado, temos pessoas constantemente dizendo não haver sentido em fazer algum ruim várias vezes. Do outros, temos pessoas mudas e aparte da discussão por estarem ocupadas fazendo o que qualidade julga.
Se você pudesse escolher um lado; ou dar um palpite de quem, no longo prazo, ganharia a discussão.
Qual lado você escolheria?
| O Lado da 'QUALIDADE'
Queira você ou não, existe um claro grau de perfeccionismo e ego em pessoas que gritam:
– Qualidade acima de quantidade.
Esse perfeccionismo acompanhado de ego é algo prejudicial.
Afinal, é o tipo da coisa que tende a nos jogar distantes da perfeição.
Não é que isso signifique que o perfeccionismo seja de todo ruim. Buscar a perfeição é algo necessário no processo. Em algumas perspectivas é o objetivo final daquilo que estamos fazendo.
O verdadeiro conflito aqui é o "como".
| O Conflito do Como
Pessoas perfeccionistas e com ego inflado vão fazer de tudo para NUNCA errar.
E, como eu e você sabemos, a única maneira de não errar é não fazer.
Ou, no máximo, fazer o mínimo de vezes possível.
Mas isso é uma resposta emocional. Temos medo de errar porque – no consciente popular – é algo negativo. Algo digno de julgamentos, zoação e principalmente vergonha.
Ou seja, o como para as pessoas que defendem a qualidade é simples:
Nunca fazer ou fazer o mínimo possível.
| E Quanto a Quantidade?
A lógica por trás da quantidade é simples:
Sabemos que não será perfeito.
Sabemos que erraremos centenas, senão, milhares de vezes.
Mas, cada um desses erros – mesmo que doa em nossos egos – contribuirão para algo maior. Para algo verdadeiramente bom. Para algo que em algum momento possa ser considerado próximo do perfeito.
Não é que a quantidade não persiga a perfeição.
Muito pelo contrário.
A quantidade é tão obcecada pela perfeição que consegue colocar de lado o perfeccionismo ensopado em ego, para algum dia ter a chance de se aproximar da verdadeira e característica perfeição.
Ou seja, o como para as pessoas que defendem a quantidade é simples:
SEMPRE fazer o máximo possível.
| Por Que Você Precisa Fazer Ruim Para Se Tornar Bom?
Em suma, sempre fazer o máximo possível implica em uma coisa simples:
No início será ruim.
É impossível começar a fazer algo repetidamente e logo de cara aquilo ficar bom.
A velocidade e repetição implica na redução da qualidade daquela coisa que você está fazendo.
Ou seja, você passa a cometer mais erros.
Porém, os seres humanos aprendem com erros.
Na verdade, cometer erros durante o processo de aprendizado é a coisa mais importante que existe quando o assunto é aprender rápido e com eficiência.
Isso significa que:
Por mais que no início aquilo que você está fazendo seja algo ruim... A longo prazo, a quantidade de erros que você está comentando apenas a aumenta e contribui para a velocidade do seu aprendizado e a eficiência dele.
Ou seja, você precisa fazer ruim por um tempo para finalmente se tornar bom.
| Finalização e Sugestões
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