Um clássico da literatura alemã.
Um clássico do romantismo.
Mas, acima de tudo e com um pouco de paciência, um bom livro com diversas frases reflexivas, uma história contada diferente e um final romântico:
"Estou só, e como me alegro com a vida neste lugar criado para almas como a minha. Estou tão feliz, meu caro, tão inteiramente imerso nessa sensação de existir de modo tão tranquilo, que minha arte acaba sofrendo com isso."
A história por trás do livro
O romantismo descrito, não está ligado diretamente a ideia de amor.
Apesar disso, a história gira em torno de Werther, um jovem “burguês” que, após se mudar para uma nova cidade, conhece a bela Lotte. Com um pouco de conversa, ele descobre uma paixão avassaladora que sente por ela.
Porém, o livro se chama “Os sofrimentos do jovem Werther”.
Todo esse amor, não pode ser consumado. Não pode ser transformado em nada além de uma simples e conturbada amizade. Tudo isso porque Lotte, já está comprometida com outro.
“Tocar é o mais natural dos impulsos humanos”
Romantismo?
Muito provavelmente você já esqueceu de suas aulas entediantes de português.
Porém, o romantismo foi um movimento literário que tomou conta da Europa e chegou até mesmo no Brasil nos séculos XVIII e XIX. Na verdade, muitos falam que esse livro, “O sofrimento do jovem Werther” foi o fundador do movimento.
Isso é importante por dois motivos:
Primeiro: as ideias românticas
Digamos que os românticos são mais dramáticos, depressivos e suicidas. Tudo isso porque focam mais nos sentimentos e na intensidade com que são sentidos por cada um de nós.
Segundo: estética
Você vai ver belas descrições — estética literal — e também uma maneira interessante de escrever. Não à toa que ler esse livro em voz alta soa quase como poesia.
Eu mesmo me embebedei bem mais de uma vez, minhas paixões estiveram prestes a me levar à loucura, e não me arrependo de nada disso: pois foi só assim que, do meu jeito, comecei a compreender que toda pessoa fora do comum, que todo mundo que fez algo de grandioso, algo que parecia impossível de ser realizado, desde sempre foi tachado de ébrio ou de louco.
O que eu penso do livro?
Desde o ensino médio, queria ler esse livro.
Finalmente tomei coragem, comprei e finalizei a leitura (tem cerca de 200 páginas).
Para ser honesto, o início foi um pouco complexo e meio chato. Diferente de outros livros que estou acostumado a recomendar, esse conta com uma linguagem mais complexa – estética – e até mesmo alguns trechos mais difíceis de serem entendidos.
Apesar disso, confesso que adorei o livro.
Também foi a primeira vez que li algo no estilo de cartas e meio que gostei. Simplesmente foi uma maneira diferente de contar uma história, mas que funcionou melhor do que imaginei que funcionaria.
Sim, sim, sou apenas um viajante, um peregrino sobre a face da terra! Mas e vocês, por acaso são algo mais do que isso?
Você deveria ler esse livro?
Estou lendo algumas coisas diferentes do que estou acostumado nesses últimos meses. Confesso que é uma experiência desafiadora — por exemplo, com Crime e Castigo do Dostoiévski – mas, interessante.
O sofrimento do jovem Werther, não é tão chato/complexo quanto Crime e Castigo, mas tem sua dificuldade.
Eu diria que sim, você deveria ler esse livro.
Seja para enfrentar um novo desafio de leitura na sua vida e acompanhar uma história legal e cheia de reflexões, seja para ter uma visão um pouco distinta de vida e morte.
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P.S: esse livro inclusive tem citações bíblicas e etc – sou ateu, mas achei interessante e talvez para pessoas que gostam de bíblia, isso seja ainda mais interessante.
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Espero que tenha gostado.
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Além disso — acredite ou não — publiquei uma ficção recentemente.
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