Na maioria das vezes nós, humanos, tendemos a nos guiar pelos resultados mais visíveis. Geralmente, muitos não se importam com o ganho potencial futuro, preferindo o doce e curto prazer momentâneo. Até mesmo os que planejam algo, falham ao ceder para a ganância ou pecam por não planejar até o fim.
Em um determinado momento de 2021 fui convidado para dar aulas de Judô com outros professores para crianças e adolescentes.
Não foi a primeira vez que dei aulas. Se não me engano, auxilio minha antiga professora desde meus 11 anos e devo ter começado a dar aulas sozinho desde os 14.
Minha especialidade sempre foi o Judô infantil. Por mais que eu não goste tanto de crianças, elas tendem a me amar hehe. (Não Subestime a Inteligência de Uma Criança)
Prontamente, meus pais me perguntaram se eu iria ganhar monetariamente por aquilo, afinal, estava gastando algumas horas por semana.
Eu abri um sorriso e respondi que não. Era totalmente voluntário.
Eles não questionaram diretamente, porém, tudo que viram foi eu estar fazendo aquilo apenas por fazer.
Repetidas vezes algo similar ocorreu no passado. As pessoas me perguntavam se eu estava ganhando financeiramente para exercer uma determinada função.
Honestamente, na maioria esmagadora das vezes a resposta para isso era não. Não estava ganhando nenhum tostão por tudo aquilo. Muitas vezes nem mesmo reconhecimento.
Tudo que se via era um garoto idiota fazendo coisas aleatórias apenas por fazer. Na verdade, muitos me chamavam de workaholic. — Pessoa com uma compussão obssessiva por trabalho.
Apesar de eu realmente ser meio idiota (reconheço isso diariamente) e adorar trabalhar, sempre existe o que não se vê.
Eu já cansei de falar sobre ser intencional. Sobre literalmente fazer e tomar determinadas decisões com intensão.
Esse caso não foi diferente.
A escolha de dar aulas para crianças tinha como ganho pessoal reativar minhas habilidades praticas de comunicação. Sim, dar aulas e explicar coisas para seres que adoram desenhos, fantasia e algumas vezes acreditam em papai noel é maravilhoso para polir tais habilidades.
E isso, esse ganho não direto; custoso; com potêncial apenas futuro e recheado de críticas é o que geralmente não se vê.
Não estou dizendo que durante toda a minha vida, tudo que fiz foi literalmente pensando em segundas intensões como essa. Além de ser socialmente mal visto e me fazer parecer um psicopata é impossível.
Porém,
Posso garantir que muitas coisas tiveram o objetivo de ganhar o que não se vê. De ganhar aquilo que praticamente todas as pessoas preferem dispensar por não entregar valor naquele exato momento.
É por isso que minha sugestão para você é sempre fazer uma analise calma e focada no que não se vê para qualquer decisão.
Seja algo como:
Ir para a academia ou assistir séries;
Xingar aquela pessoa agora ou apenas permanecer calado;
Dizer sim por ser mais fácil ou não mesmo sendo difícil;
Fazer o que você odeia hoje para ter o que sonha em 10 anos ou fazer o que quer hoje e sabe se lá o que daqui a 10 anos;
Acredito diariamente que pensar no que não se vê é algo com potencial gigantesco para melhorar o futuro que queremos construir.
Por isso, sempre pense no que não se vê antes mesmo de pensar no que se vê.
Obrigado por ler! Se busca algo melhor para ler, hã, dizem que no meio esterco as plantas crescem mais forte... Volte daqui a 3 meses e de repente verá algo agradável, mas, sem frutos. Essas coisas levam tempo haha.
Aqui o link para compartilhar com seu amigo:
https://www.lucasgarciajornada.com/post/o-que-se-ve-e-o-que-nao-se-ve
Escrito por: Lucas Garcia
Originalmente publicado: lucasgarciajornada.com
Me siga no Instagram: @jornadalucasgarcia
Me siga no twitter: @jornadalucasgar
Comments