Um dia, você e todos que você ama vão morrer. E com exceção de um pequeno grupo de pessoas por um intervalo extremamente breve de tempo, pouco do que você fizer ou disser vai significar alguma coisa. Esta é a Verdade Desconfortável da vida. Tudo que você pensa ou faz não passa de uma forma elaborada de evitar isso. Somos poeiras estelares irrelevantes, que toparam em um pontinho azul e perambulam sem rumo por ele, imaginamos nossa própria importância. Inventamos nosso propósito; não somos nada. Aproveite o maldito café.
É assim que um possível livro sobre esperança começa, mostrando o que o autor gosta de chamar de "Verdade Desconfortável", em outras palavras, a realidade nua e crua que constantemente evitamos falar.
Todos nós temos esperança de que as coisas vão melhorar e mudar. Mas, e se esperança for apenas uma droga que você utiliza para dar um propósito aleatório a sua existência? O que restaria para continuarmos vivendo nesse mundo?
Apesar de em um primeiro momento o livro parecer bastante niilista e escrito para transformar você em uma pessoa completamente desprovida de qualquer esperança, o autor traz uma nova perspectiva de como encarar essa realidade.
Uma perspectiva de como ver o mundo sem utilizar a droga que seduz bilhares de pessoas desde o início da humanidade.
Durante todo o livro, o autor desenvolve seu argumento contra a ideia costumeira de esperança que nós temos. Diversos desses argumentos são embasados em outras teorias e estudos que servem como um ótimo complemento com o conhecimento que ele tentou passar.
Entre elas, as coisas mais notórias são: cérebro sensível, como ser um adulto, efeito do ponto azul, liberdade e religião.
Todas essas coisas são parte dessas teorias que complementam o tema principal, ou seja, que argumentam contra a ideia de esperança e revelam a Verdade Desconfortável.
Além disso, o autor traz uma pequena rivalidade complementar entre 2 filósofos muito conhecidos: Nietzsche e Kant.
Com ambos e explicando um pouco de suas filosofias e vidas, ele os utiliza como base para a construção de sua resposta e dúvida sobre como viver uma vida sem esperança.
Assim como na primeira vez em que li esse livro, eu gostei bastante do início até próximo do fim, quando sinto que o autor dá uma desviada incomodante do tema.
Tirando esse pequeno detalhe no final, a maior parte do livro é extremamente interessante e traz algumas ideias ligadas a esperança, humanidade, indivíduo e emocional que são bastante úteis para o dia-a-dia e, principalmente, entendermos um pouco mais afundo a nós mesmos, apesar de o livro não ter essa proposta.
Escrito por: Lucas Garcia
Revisado por: Emilly Oliveira
Originalmente publicado: lucasgarciajornada.com
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Algumas frases que gostei ao longo do livro:
Quando nos afastamos para ter uma perspectiva mais ampla, percebemos que enquanto heróis como Pilecki salvam o mundo, nós perseguimos inimigos imaginários e reclamamos que o ar-condicionado não está funcionando direito.
Ser heroico significa ter a habilidade de criar esperança onde não existe. De acender o fósforo que ilumina o breu. Demonstrar a possibilidade de um mundo melhor — não um mundo melhor que queremos que exista, mas um que não sabíamos que poderia existir. De agir frente a uma situação em que parece estar uma merda completa e de alguma maneira transformá-la em algo bom.
Tentei viver minha vida de forma que no momento da minha morte eu sentisse alegria, não medo.
Para criar e manter a esperança, precisamos de três coisas: a sensação de controle, a crença no valor de algo, e uma comunidade. Controle significa a sensação de tomar as rédeas da própria vida, de que podemos comandar nosso destino. Valor significa dizer acreditar que algo seja importante o bastante para nos dedicarmos a isso, que seja melhor, algo pelo que vale a penas lutar. Comunidade é fazer parte de um grupo que valoriza as mesmas coisas que nós e que está trabalhando para conquistá-las. Sem uma comunidade, nos sentimos isolados e nossos valores deixam de ter sentido. Sem valores, nada parece valer a pena. E sem controle, nos sentimos impotentes para perseguir seja lá o que for. Perdendo um desses três elementos, você perde os outros dois. Você perde a esperança.
Seres humanos são criaturas terrivelmente dominadas pela culpa.
É assim que se muda o mundo. — Não com ideologias grandiosas, conversão religiosa em massa ou sonhos ilusórios sobre o futuro, mas quando cada indivíduo aqui e agora, no presente, alcança sua maturidade e sua dignidade.
Se a dor é inevitável, o sofrimento é sempre uma escolha.
Se soubermos captar as inseguranças das pessoas, elas comprarão qualquer coisa que quisermos.
Quanto mais você consegue influenciar as emoções das pessoas no mundo, mais dinheiro e poder acumula.
Escritor: Lucas Garcia
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