Uma pergunta comum em entrevistas de emprego e faculdade é "como você se vê em 5 anos?".
Imagino que essa pergunta tenha o intuito de analisar a perspectiva de futuro dos candidatos. Quanto mais "elaborada" for a resposta voltada para o campo escolhido, melhor.
Certo?
Honestamente, só escutei esta pergunta uma única vez na minha vida. No momento que ela foi feita, além das respostas padrões comuns que funcionariam bem para a situação, a minha verdadeira resposta estava envolta de um sentimento equiparado a irrelevância.
Nos milésimos de segundos que passaram leeeentamente quando questionado ao meu futuro de 5 anos, eu percebi que qualquer coisa que saísse pela minha boca, seria uma completa idiotice.
Fazendo uma pesquisa rápida quanto a "melhor" forma de responder essa questão, descobri que um candidato diria algo com "gostaria de estar ocupando a posição X", "me vejo liderando o departamento Y", "me vejo formado em Z"…
Seguindo todas as sugestões, a resposta ideal é algo que alinhe seus objetivos profissionais, metas e o que você realmente quer ser.
Ok, qualquer pessoa deve pensar que isso tudo é aceitável, apesar de que pouquíssimas realmente têm objetivos claros para cumprir durante a vida e sabem onde querem chegar.
De todo modo, o que poderia me causar tamanha estranheza quanto a essa simples pergunta que qualquer pessoa responderia facilmente?
Por que eu afirmei que qualquer resposta que saísse pela minha boca seria uma completa idiotice?
Cinco fucking anos, são muitos anos e poucos anos ao mesmo tempo. Veja, 5 anos atrás eu nem havia saído do ensino fundamental. Mal tenho lembranças concretas do que eu fazia naquele momento da minha vida, porém, algo que posso afirmar é que eu não tinha a mínima noção do que eu estaria fazendo pelos próximos 5 anos.
Esse mesmo sentimento tende a se repetir com algumas diferenças atualmente.
Para mim, a mais clara é que eu já meio que tenho alguns objetivos bem definidos, mas que não estão pautados a um curto-prazo tão irrelevante.
Acredito que, assim como no mercado financeiro a maioria dos ativos são extremamente voláteis no curto-prazo, minha vida seguiu e também seguirá esse padrão.
Não estou dizendo que ações tomadas naquela época não fizeram diferença no meu eu atual. Isso também significa que não estou dizendo que as ações que tomo hoje não surtirão efeito no meu eu dos próximos 5 anos.
O que quero dizer com tudo isso é que, de uma hora para outra posso decidir simplesmente me mudar para outro país, posso encontrar o "amor da minha vida" e me casar, posso virar um astronauta e dar um jeito de ir para marte…
Isso não significa que eu não possuo uma perspectiva de futuro, muito pelo contrário, tenho objetivos programados para os próximos 132 anos (hã, um desses objetivos é viver bem até os 150 anos haha).
Claro que tudo isso é algo mais individual.
Diferente da maioria das pessoas, eu tenho uma tendência acentuada a fazer coisas de forma randômicas sempre buscando novas experiências e um pouco de aventura que querendo ou não, estão conectadas com meus planos.
Literalmente, sou uma pessoa que parece ser aleatória. Como falei, não me surpreenderia que de uma hora para outra eu decidisse me mudar para o Japão e ficasse um tempo lá.
É pensando nessa aleatoriedade, na minha crítica quanto ao curto-prazo e na minha analogia nerd financeira equiparando minha vida ao preço de uma ação, digo que qualquer coisa saindo da minha boca para responder essa pergunta seria apenas idiotices.
De fato, talvez até mesmo esse texto seja uma completa idiotice.
Obrigado por ler!
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Escrito por: Lucas Garcia
Originalmente publicado: lucasgarciajornada.com
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