Como em um jogo de xadrez, onde a resposta correta é essencial para a vitória, muitos estão obcecados em encontrar a jogada perfeita.
No entanto, poucos se dão conta de que a chave para a vitória não está em encontrar a resposta correta.
Mas sim, em fazer a pergunta certa.
Por Que Isso é Relevante?
Como um Ghostwriter/Content Creator um dos meus papéis é sentar com o cliente, fazer algumas perguntas a respeito de um tema e depois escrever um texto sobre.
Meu objetivo?
Primeiro, traduzir as palavras ditas e não ditas da pessoa.
E segundo, escrever de forma que pareça que ela escreveu aquilo.
Em um cenário perfeito, todos falariam de forma objetiva, com detalhes relevantes e trazendo pontos emocionais importantes.
Mas, é impossível esse cenário acontecer.
Isso porque frequentemente nós, humanos, sofremos de um dos problemas abaixo:
Não sabemos estruturar nossos pensamentos;
Temos dificuldades de compartilhar nosso lado vulnerável;
Ao lembrar do passado, ficamos extremamente nostálgicos;
Estamos imersos em nossos próprios mundos a ponto de não conseguirmos trazer outras pessoas para ele.
Claro que existem outros problemas, mas esses são os principais.
Por que estou contando Isso?
A solução para resolver tudo em uma única tacada é perguntar as coisas corretas.
Se queremos uma resposta apropriada para algo, depender do outro não é o ideal.
Você precisa ser um guia para a pessoa.
Você precisa conduzi-la para ela conseguir:
Estruturar seus pensamentos;
Sentir-se confortável para ser vulnerável;
Evitar a nostalgia e focar no que realmente aconteceu;
Explicar algo para você como se estivesse falando com uma criança de 5 anos.
E a única maneira de fazer isso sem ser rude, perder tempo ou receber a resposta incorreta é fazendo as perguntas certas.
E como fazer as perguntas certas? Os 5 Passos Para Você Ter Em Mente
Tenho certeza que não sou o único que persegue algo assim.
Então, estruturei 5 passos que podem te ajudar — mesmo que você não seja um ghostwriter ou vá entrevistar alguém — a fazer as perguntas que te levam as respostas certas.
Primeiro: Nunca seja o protagonista
Tatue isso em sua mente:
Em qualquer situação que seja, quando você estiver perguntando algo... Nunca será o protagonista.
Deixar o outro falar e – sutilmente – estimular que a pessoa continue falando é essencial no processo de fazer as perguntas certas.
Você não precisa demonstrar seus conhecimentos e saberes nesse momento.
Você não é o protagonista quando está perguntando.
A outra pessoa é o verdadeiro protagonista.
Deixe ela falar.
Segundo: Você precisa planejar até o fim.
É impossível prever as palavras que sairão da boca da outra pessoa, mas com certeza você sabe quais palavras você precisa.
E isso me leva a ideia de planejar até o fim.
Planejar até o fim significa estruturar, por você mesmo, as perguntas que vão levar o mais próximo daquilo que você precisa.
Por exemplo, se for um texto, você gostaria de algo mais emocional ou técnico? Você gostaria que muitas pessoas entendam aquilo ou será um algo mais direcional? Você quer uma fórmula ou palavras abertas iguais aos finais de filmes do Christopher Nolan?
Planeje esses detalhes.
Saiba qual a intensão e o que você verdadeiramente precisa.
Terceiro: Concentre-se na estrutura da pergunta.
Existem milhares de formas de fazer uma pergunta.
Mas, felizmente, existem alguns auxiliares que vão te ajudar nisso:
Por que?
Como?
Qual/o que?
Parece besteira, mas, concentrar-se nesses 3 começos de pergunta, ajuda a desenvolver o restante dela.
Basta testar e misturar o passo 2 e 4.
Quarto - saiba quando ser específico.
Existem momentos em que precisamos de uma resposta específica e momentos em que queremos buscar uma resposta.
Se você quer algo específico, faça uma pergunta específica.
Se você quer buscar uma resposta, então pergunte algo mais aberto e, posteriormente, faça uma pergunta específica.
Um exemplo para ambos os casos?
Pergunta específica: Quais são os seus 3 conselhos fundamentais para alguém criar um Networking?
Pergunta aberta: Como criar um Networking?
Ambas as perguntas vão convergir para respostas parecidas.
A diferença?
A primeira, você terá uma resposta direta, lapidada e específica.
A segunda, você terá um GIGANTESCO monologo e, talvez, não chegue em 3 maiores conselhos.
Por isso saiba quando ser específico – vai te poupar tempo.
Quinto: Se puder, faça um aquecimento.
Como dito anteriormente, nosso papel é guiar.
Lembra do que te mandei tatuar em sua mente?
Em qualquer situação que seja, quando você estiver perguntando algo... Nunca será o protagonista.
Se você tem tempo e pode fazer mais do que uma pergunta para a pessoa, comece SEMPRE tentando entender a visão dela sobre o assunto a ser discutido.
Por exemplo,
Se o assunto da discussão é Networking... Começar com a pergunta do exemplo passado “Quais são os seus 3 conselhos fundamentais para alguém criar um Networking?” é uma PÉSSIMA escolha.
O ideal, seria começar perguntando algo mais aberto ou light, como:
"O que é Networking para você?" ou "Como você definiria Networking?"
Será uma abordagem mais eficiente para entrar no verdadeiro objetivo.
Então, sempre que puder, faça esse aquecimento.
Finalização e Sugestões
Existem outros pontos relevantes sobre a arte de fazer as perguntas certas.
Porém, dado o tamanho desse texto, acredito que essas sejam o suficiente para você estar preparado para a próxima vez que precisar pergunta algo a alguém.
Recentemente, publiquei uma ficção.
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