“Ainda não sei o que seria certo fazer, Gus. — Suspirou. — O que acha que eu deveria fazer?
Parei para pensar um pouco no que ele falou.
Suspirei e comecei a falar:
— Não sei Luís… Tomar uma decisão nunca é fácil. Se eu falar o que eu acredito que você deveria fazer, só vai tornar as coisas mais fáceis para você de início. Depois você pode começar a me culpar mesmo que não seja diretamente.
— Mas eu não tenho a mínima ideia do que eu deveria fazer Gus. — Falou levantando um pouco a voz, deixando um pouco de desespero escapar.
— Nunca sabemos Luís. Não acho que exista uma opção certa e errada. Na verdade, acredito que não existe certo e errado, apenas consequências de atos tomados. Penso que a única coisa que eu poderia falar para tentar te ajudar é isso. Ao tomar uma decisão, aceite, não pense se ela está certa ou errada. Fez, acabou e ponto.”
A vida que eu me lembro.
O trecho acima é uma citação de um dos livros que escrevo atualmente. Como você pode ver, o personagem principal explora o conceito de ter uma escolha a ser feita e se encontra em um dilema de não saber se tal escolha seria certa ou errada..
O ponto-chave de todo esse conceito é uma pergunta errada que você, assim como o outro personagem, estão fazendo para o mundo: “é certo ou errado fazer tal coisa”?
Deixando a parte étnica de lado, pensando somente em questões práticas de nosso dia a dia, perguntar se é certo ou errado, é uma ação completamente inútil.
A verdadeira pergunta que deveríamos fazer a cada momento reflexivo quanto a uma ação que queremos tomar é “quais serão as consequências deste meu ato?”. Isso significa pensar nas coisas que podem acontecer, que vão acontecer e que não vão acontecer.
Garanto para você que a partir do momento em que você começar a olhar para a maioria das coisas com essa possível perspectiva, diversas coisas passarão a ser mais simples.
Por favor, não confunda o simples com o fácil.
Como Bastiat nomeou seu livro “O que se vê e o que não se vê”, no momento em que passamos a pensar nas consequências que um ato pode causar, podemos cair na armadilha universal de olhar apenas para o óbvio, apenas para as consequências de curto prazo, apenas para o efeito imediato, quando o que realmente importa e tem consequências imensamente maiores são as coisas que não vemos, é o não óbvio, são as coisas que não vemos.
Então, na próxima vez que você precisar tomar uma decisão, tente se fazer a seguinte pergunta: “Quais serão as consequências de fazer isso?”
Escritor: Lucas Garcia
Me siga no Instagram: @jornadalucasgarcia
Me siga no twitter: @oolucasgarcia
Me siga no Wattpad: olucasgarcia
Originalmente publicado:lucasgarciajornada.com
Comments