Meu último ano do ensino médio foi um completo caos.
Além da minha cabeça estar bem bagunçada quanto a tudo que eu realmente queria fazer e alcançar naquele momento, a pandemia surgiu e fui obrigado a ficar em casa.
Não que eu gostasse muito da escola.
De toda forma, na época, algo que vagamente eu estava buscando era possíveis oportunidades de estudar no exterior.
A ideia de estudar no exterior
Veja, não sou rico.
Meus pais também não têm dinheiro.
Ou seja, para estudar no exterior, precisaria de uma bolsa.
Essa era uma ideia que comecei a ventilar em minha cabeça desde o meio de 2019. Já estava aprendendo inglês há algum tempo e minhas notas não era ruins.
Fora todos os projetos extracurriculares que já tinha.
Mas, em 2020, a pandemia estourou e fiquei uns 8 meses sem aula.
Quando voltaram, era aquela coisa chata de ensino à distância.
Eu nunca tive paciência para a escola.
Mesmo no presencial, sempre dei um jeito de burlar o máximo possível o tempo que eu precisava passar em sala — e mesmo assim minhas notas eram boas hehe.
Porém, atingi outro patamar com o ensino à distância:
Eu praticamente não assisti nenhuma aula nesse período.
Tinha coisas melhores para fazer da vida do que estudar os órgãos reprodutores de plantas 😜.
O resultado?
Bem, passei de ano.
Não é muito difícil quando você sabe jogar o jogo da escola.
O problema foi que muitos professores deram nota por presença 🤡.
Resumindo, minha média ficou um pouco mais baixa do que o normal para mim.
Consegui tirar boas notas em avaliações e trabalhos — afinal, bastava eu estudar por conta própria — mas pelo menos 3 a 5 pontos por matéria perdi por não estar presente em aulas online 🙃.
Só pra você ter uma ideia, no 3º e 4º bimestre, minha nota de em inglês foram respectivamente 4,6 e 5,5.
Detalhe: nesse mesmo tempo eu já tinha escrito até mesmo uma história em inglês (com mais de 3000 palavras) e até criei um projeto para ensinar inglês de forma voluntária para pessoas.
Com certificado e tudo 🤡.
Mas a presença me destruiu.
Aqui entram as verdadeiras consequências dessa escolha:
Hoje em dia, se eu quiser buscar alguma bolsa para estudar no exterior, terei bastante dificuldades. Considerando todas as matérias (isso envolve audiovisual que também estudei no ensino médio) a média está em 8,4.
Parece ser algo bom, mas não é o suficiente.
O que isso me diz?
👉 Algumas escolhas minam oportunidades.
Bem, eu escolhi gastar meu tempo com coisas mais úteis do que a escola e isso gerou o problema com a média de notas e o exterior.
Me arrependo disso?
Com certeza não.
Pude aprender, fazer e gastar meu tempo com coisas muito mais importantes do que passar uma hora em uma aula sobre o sistema reprodutório de plantas ou estudando Karl Marx e sua “maravilhosa” ideia comunista.
Mas, isso não muda o fato:
Algumas escolhas minam oportunidades.
E qual a conclusão disso tudo?
Como falei, não é nada que me arrependo.
Na verdade, saber que suas escolhas queimam pontes, é importante.
Principalmente para saber se você está indo para o lugar que realmente deseja ir.
Se fosse um GRANDIOSO e FINAL objetivo estudar no exterior, pode ter certeza que eu teria feito de tudo e aberto mão de outras coisas para isso. Porém, não era uma obsessão que fazia meu coração saltar de alegria.
Sim, se eu pudesse ir hoje, eu iria.
Mas, ainda sim, não é meu objetivo principal.
Não é minha obsessão.
E é por isso que não tenho arrependimentos quanto a isso.
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